24 de jun. de 2013

Resenha - Evolucionismo Cultural – Frazer


Frazer no seu trabalho “O escopo da Antropologia Social”, trata da distinção entre sociologia e antropologia social. Eque a definição da antropologia social, é dividida em dois departamentos: estudo da selvageria e estudo do folclore (superstições).

Segundo Frazer a sociologia deve ser reservada para o estudo da sociedade humana. Enquanto a antropologia social deve compreender a história das sociedades primitivas a partir da sociedade civilizada. Para compreendermos como era o homem primitivo, temos que conhecer o que é o homem selvagem de hoje, mas sabendo que o selvagem de hoje é primitivo em comparação conosco, com a cultura das nações civilizadas, e não querendo dizer que eles são iguais ao homem primevo.

Para a antropologia social os ancestrais das nações civilizadas um dia foram selvagens, e que transmitiram aos seus descendentes suas culturas. “O estudo da vida selvagem é uma parte muito importante da Antropologia Social”. (FRAZER, 1908). Frazer partindo pra o estudo do folclore, sobrevivências de ideias e práticas primitivas entre povos que elevaram a planos mais elevados de cultura, percebe que essas sobrevivências estão presentes nas nações civilizadas, ele cita como exemplo, o caso da mulher inglesa que morreu de tétano porque passou o remédio no prego que a havia ferido, em vez de na própria ferida. Esse tipo de crença foi transmitido por ancestrais aos seus descendentes por gerações, que torna essas pessoas civilizadas aparentemente, mas não na realidade.

Neste estudo sobre as superstições Frazer percebe que elas são transmitidas, não serão necessariamente da mesma forma, porque elas vão sendo aprimoradas, mas elas existirão enquanto houver para quem transmitir. A lei existe para todos e todos são iguais perante a lei, mas os homens não são iguais em sua essência, por isso as superstições existem.

Em suma, Frazer diz que existem pessoas que vão manipular outras pessoas, que sempre existirão aqueles que se destacam entre a massa débil. “(...) Como regra, os homens de mais aguda inteligência e com mais fortes caracteres lideram o resto e dão feitio ás formas nas quais, pelo menos na aparência, a sociedade é moldada (...) Na realidade, disfarcemo-lo como quisermos, o governo da humanidade é sempre, e em todo lugar, essencialmente aristocrático’. (FRAZER, 1908).

Jaciene Machado

Referência

FRAZER, James George. O Escopo da Antropologia Social. In: Castro, Celso. Evolucionismo Cultural: textos de Morgan, Tylor e Frezer. Tradução: Maria Lúcia de Oliveira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2005.


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